Dados oriundos da Organização Internacional do Trabalho (OIT) apontavam no final de 2010 para um crescimento na economia mundial, e um pouco maior ainda nos países emergentes, o que se aplicava favoravelmente ao Brasil. Na contramão desta notícia a taxa de desempregados pelo globo na mesma época aumentou para quase 190 milhões, próximo aos 6% da população humana. Atualmente o Brasil em especial vive um clima de incerteza que se ainda não afeta as empresas impulsionando demissões, deixa seus colaboradores em um estado de incerteza e insegurança. Mesmo assim estes dados e outros apontam para uma grande movimentação no mercado de trabalho o que vêm sendo sentido por todos os segmentos produtivos.

As relações de trabalho são amplamente estudadas desde que a era industrial se manifestou e cada vez mais é tema de interesse dos pesquisadores. Alteram-se os cenários econômicos e quem é atingido por estas mudanças são os trabalhadores e suas expectativas.

Em estudo recente, Gianaros e colegas concluíram existir uma clara relação entre a posição socioeconômica que sentimos ter, e a reação de estresse e de emoções negativas, e mesmo sintomas depressivos, pessimismo e hostilidade.

Outros estudos anteriores a este no campo das neurociências afirmavam que crianças (em especial até aos três anos) se desenvolvendo em lares que apresentam baixa condição social tendem a experimentar níveis prejudiciais de hormônios relacionados ao estresse, podendo atrasar o seu desenvolvimento neurológico, em especial em áreas como linguagem e memória.

Estes dados apenas reforçam que o núcleo familiar sempre acaba por sofrer com a situação de desemprego e conseqüência a isto com a sensação de menos valia. Esta condição além de gerar sentimentos de baixa autoestima ainda provoca desconforto e alterações nas relações familiares.

Desta forma o panorama apresenta dois destinos: entregar-se as sensações de menos valia e negativas ou reagir contra elas, tomar posição diante do suposto incômodo ou fracasso. Uma vez reagindo e indo ao mercado, está-se sujeito a sucessos e insucessos; como lidar com a rejeição?

Seria natural esperar que a cada rejeição seja mais difícil assumir o risco, realizar uma nova tentativa, buscar uma nova oportunidade. Às vezes o desânimo e a desesperança tendem a perturbar nossos sentidos e nos encaminhar para uma posição depressiva, de isolamento e até agressiva.

A melhor posição que podemos assumir é extirpar esse ciclo, revitalizar nossas esperanças, preparar nosso próximo dia e de posse de um bem estruturado plano de busca, reiniciar nossas investidas. Lembremos que uma guerra não se resume em uma só batalha.

É necessário se concentrar em reverter os sentimentos negativos e estabelecer as metas reais e construir uma ação para enfrentar os “nãos”. Como fazer isto sem a sensação de fracasso

Não cabe ao ser humano indagar-se sobre o que é certo ou errado nas situações e suas adversidades, mas sim ser reagente a elas. Lidar com os dados de realidade e aprender com as situações desfavoráveis são sem dúvida uma grande virtude e competência.

Procure rememorar que sempre teremos problemas e cada indivíduo possui necessidades específicas. Por isso, a sua atuação, na busca de trabalho deve ser valorizar-se ao ponto de conseguir ir ao encontro dessas necessidades e concentrar-se em agir de acordo com as exigências e requisitos que lhe são requisitados.

Ainda assim, se a dificuldade persistir, tenha previsto em seu plano a busca de orientação profissional tal como um serviço de Psicologia ou mesmo de um Coach experiente para auxiliar na busca e melhoria das soluções. Bom caminho!